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Vergonha nacional


A entidade Transparência Internacional divulgou há poucos dias em Londres o seu relatório da corrupção.

Anualmente o órgão capta informações junto a empresários e analistas de vários países para classificar onde a maracutaia corre mais solta.

Em 2004 o levantamento da Transparência Internacional analisou 146 nações. Em países como a Finlândia, Nova Zelândia, Dinamarca, Islândia e Cingapura, por exemplo, a corrupção alcança índices baixíssimos. Os mais corruptos da lista são Bangladesh e Haiti.

Segundo apontou o relatório, a corrupção nos grandes projetos públicos é um dos maiores canais de desvio de dinheiro público e representa um enorme entrave para o desenvolvimento de um país.

Os recursos roubados dos cofres públicos diminuem os investimentos em áreas vitais como saúde e educação e nas ações de combate à pobreza.

A situação do Brasil na pesquisa não é nada cômoda.

O país ocupa a 59ª posição no relatório e atingiu um grau de corrupção quase endêmica.

Uma vergonha! Países latino-americanos como o Chile, Uruguai, El Salvador e Suriname são classificados como menos corruptos que o Brasil.

É triste, revoltante e preocupante o que acontece com o suado dinheiro do contribuinte brasileiro entregue ao poder público.

A classe média não aguenta mais pagar tanto imposto e ver que boa parte vai pelo enorme ralo da corrupção. Para piorar, sofre os terríveis efeitos do aumento da miséria causada pela carência de investimentos sociais.

(O Imposto Único resolveria essas distorções, clique aqui e saiba como ele pesaria menos no seu bolso e daria mais transparência para a arrecadação do Governo).

Recentemente, ações empreendidas pela Polícia Federal e Ministério Público desbarataram quadrilhas que atuavam em diferentes segmentos da vida pública. No entanto, parece que todo o impacto causado pela dimensão dos crimes apurados representa uma pequena fração das negociatas que ainda ocorrem no submundo da vida pública.

O Brasil precisa empreender uma faxina gigantesca em suas instituições.

É necessário combater esse tumor maligno impregnado na vida pública que é a corrupção. Não é possível que o brasileiro tenha que trabalhar mais de quatro meses e meio para abastecer os cofres públicos e uma minoria se aproprie desses recursos de maneira inescrupulosa e sorrateira.

O princípio da restrição orçamentária vale para qualquer agente econômico. Mais do que crescer, o país precisa resgatar uma enorme parcela marginalizada da população.

Tudo isso demanda recursos que precisam ser aplicados de modo eficaz e eficiente. Com orçamentos públicos já insuficientes frente à grande demanda social, torna-se dramático investir com a corrupção comendo parte do dinheiro.

Tanto a grande corrupção, que envolve somas vultosas como o superfaturamento de obras e as fraudes em licitações e concorrências, assim como a pequena corrupção, traduzida em valores relativamente baixos de subornos e propinas, condenam cada vez mais pessoas à miséria material, moral e intelectual.

O país deve ser rapidamente passado a limpo. A degradação moral dos que deveriam zelar pela eficiência na gestão pública e pela qualidade de vida do cidadão está contribuindo para a proliferação da violência e da ignorância.



#Comentáriosdomomento

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