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  • Marcos Cintra

100 anos de Roberto Campos


Se estivesse vivo Roberto Campos, falecido em 2001, completaria 100 anos em 2017. Trata-se de um dos pensadores mais lúcidos que o Brasil já teve na esfera econômica e política.

Roberto Campos foi um dos artífices do “milagre econômico”, período em que o país registrou altos índices de crescimento. Em 1967 ele implementou uma reforma tributária que serviu de base para o avanço da economia brasileira.

Nos anos 80 Campos passou a criticar a estrutura de impostos brasileira e nos anos 90 se tornou um defensor ardoroso do Imposto Único como projeto viável para enfrentar a complexidade da estrutura fiscal e como sistema adequado frente à reduzida utilização do papel moeda e à informatização dos bancos brasileiros.

Uma de suas primeiras manifestações em prol do Imposto Único se deu em 3/11/1991. No artigo “Reforma ou revolução”, publicado no jornal O Estado de São Paulo, escreveu o autor que “A meu ver, as características de uma revolução fiscal seriam: 1) um fato gerador suficientemente amplo e simples para elidir a fronteira entre contribuintes e delinquentes; 2) alíquotas suficientemente baixas para tornar ridícula a engenharia da sonegação; 3) coleta automatizada para tornar dispensáveis as três burocracias do Fisco; e 4) repasse instantâneo aos beneficiários, evitando-se as complicações da indexação dos tributos. Todas essas condições são satisfeitas pela proposta do professor Marcos Cintra e por nenhuma das propostas reformistas”.

O centenário de nascimento de Roberto Campos coincide com a retomada da reforma tributária pela Câmara dos Deputados e pelo Executivo. Resgatar suas ideias é oportuno para enriquecer o debate e para que o país avance no sentido de racionalizar seu caótico sistema de impostos.

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