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  • Marcos Cintra

Livro: Microeconomia: teoria do mercado, teoria do consumidor, economia de empresas (parte 1/)

Capítulo 1: O ESCOPO E MÉTODO DA TEORIA ECONÓMICA


Introdução:

O problema da definição da Economia como ciência e de sua situação como área de estudo tem desafiado pensadores, desde Adam Smith até nossos dias.

Smith classificou sua obra, A Riqueza das Nações, como "uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das Nações". J. S. Mill considerava a Economia como "a ciência prática da produção e distribuição da riqueza".

Mais modernamente, a ênfase tem passado do conceito de riqueza como ponto focal do estudo da Economia para o conceito de bem-estar material, ou seja, vem se dando mais importância ao aspecto humano e seu relacionamento com bens materiais.

Tal tendência é clara na definição de Alfred Marshall, que talvez seja a mais conhecida e que diz: "Economia é o estudo do homem dirigindo sua vida cotidiana" (Economics is the study of mankind in the ordinary business of life).

A popularidade da definição de Marshall talvez possa ser explicada por seu alto grau de generalidade, englobando os aspectos mais particulares constantes de outras definições.

Embora definições criem grandes controvérsias, todas concordam, com relativa facilidade, no tocante à área de ação da Ciência Econômica. Ela fornece respostas parciais a questões como : "Que deve uma sociedade ou um país produzir? Como se determinam os preços? Como se forma e se altera a renda 'de um país? O que determina a poupança e o investimento? Por que há períodos de crescimento econômico e períodos de estagnação? Que é a inflação? Qual política econômica o governo deve adotar? Qual o seu papel no bem-estar da popukição? O que deter. Ininam as relações econômicas internacionais? Por que existem disparidades nos níveis de riqueza entre regiões de um mesmo país?"

Microeconomia: Empresas

Essas e infinitas outras perguntas enquadram-se na área de estudo da Economia e para elas os economistas tentam achar respostas adequadas.

Para tal, os economistas observam a realidade e, baseados na seleção de certas propriedades e sua relação com fatos, criam teorias.

MÉTODO ECONOMICO

Resumidamente, pode-se descrever o método econômico como uma seqüência de passos que auxiliam a compreender a realidade e, a partir daí, a formular previsões sobre o mundo real.

O esquema abaixo reproduz as principais características da metodologia de análise normalmente utilizada no estudo da economia.

A análise parte da observação do mundo real, e objetiva a compreensão e a previsão dos fenômenos econômicos. De um lado, a análise económica positiva interessa-se pelas relações entre • fenômenos econômicos e pela compreensão e previsão do mundo econômico real, de forma neutra e desprovida de valores éticos ou morais. O objetivo maior é a compreensão e a previsão, sem que haja qualquer intenção de julgar esta realidade, ou de alterar o curso dos eventos. Quando o economista formula um modelo para o funcionamento de um mercado monopolístico, ele está preocupado em estabelecer as causas e resultados do fenômeno, sem necessariamente julgar sua conveniência para a sociedade con10 uni todo.

econômica

De outro lado, a análise econômica normativa interessa-se em compreender e prever a realidade, tendo por meta a consecução de certos objetivos, utilizando para tal a possibilidade de formulação de política econômica para intervir no mundo real. Quando o economista avalia um monopólio com relação ao seu potencial de pesquisa, redução d? custos, eqüidade e outros quesitos, e a partir daí formula estratégias de ação econômica, ele está-se utilizando de análise economica normativa.

Evidentemente os dois objetivos, o positivo e o normativo, se confundem na grande maioria das vezes. O economista, como qualquer outro praticante de uma ciência social, dificilmente consegue desvencilhar-se de sua realidade social, econômica, cultural e política de forma a adotar uma postura essencialmente positiva. Por outro lado, jamais conseguirá formular uma teoria econômica normativa sem os conhecimentos da economia positiva.

Em realidade, a existência do hipotético conflito entre economia positiva e economia normativa raramente se concretiza. Daí a futilidade de se tentar separar a função técnica da função política do economista.

Pode-se observar no esquema reproduzido na página 2 duas seqüências distintas de passos. A primeira, seqüência externa, pode ser chamada modelo estatístico ou indutivo, ao passo que a seqüência interna é o modelo teórico ou dedutivo.

Mais uma vez, essas duas formas de conseguir-se a compreensão e a previsão do mundo real se complementam, e não devem ser entendidas como métodos alternativos.

Um modelo é uma representação simplificada da realidade, composta de um conjunto de relações entre entes econômicos, e que possibilita a simulação de fenômenos, observados empiricamente ou não.

A partir da sensibilidade do economista com relação aos fenômenos do mundo real, é necessário um esforço de abstração através do qual selecionam-se, dentre as infinitas relações possíveis, aquelas mais representativas e pertinentes ao problema em questão. Sem esse esforço de abstração, corre-se o risco de engajamento numa tarefa impossível, ou seja, a da reprodução do mundo real com toda sua infinita complexidade.

A abstração possibilita a identificação de relações entre entidades econômicas, a "teoria", o que vai possibilitar tanto a formação de um modelo teórico como a de uni modelo estatístico. Este último nunca deve prescindir de uma formulação teórica prévia.

Embora um modelo estatístico seja essencialmente uma representação de uma seqüência de observações empíricas, ele não deve ser formulado sem o endosso de uma interpretação teórica dos fatos. Evidentemente a seleção do modelo, bem con10 a ênfase que se lhe dê como instrumento de análise, vai depender da razão para a qual o modelo é construído.

4 Microeconomia: Envesas

Uma vez construídos, os modelos serão utilizados para a obtenção de conclusões lógicas, no caso do modelo teórico. Em ambos os casos, obtêm-se afirmções sobre a realidade analisada, as quais, devidamente interpretadas, servirão de base para a compreensão elou previsão da realidade econômica. Esta seqüência de passos constitui a estrutura básica do método de análise empregado por economistas.

Algumas premissas são freqüentemente aceitas na formulação de modelos econômicos, muito mais como simplificadoras da realidade do que como observações empíricas. Dentre as mais importantes se destacam a premissa da unidade de objetivos, a premissa da racionalidade e a premissa de coeteris paribus.

A primeira aceita, sem demonstração, o fato de que os agentes econômicos agem sempre de forma a obterem um objetivo único primordial que se sobressai sobre todos os demais. Por exemplo, na teoria da firma, aceita-se como único objetivo do empresário a maximização do lucro, embora sabe-se que, na realidade, outros objetivos estarão presentes na função objetivo do empresário, tais como metas de expansão e crescimento, diversificação, controle de riscos, imagem na opinião pública e no governo etc. Na teoria do consumidor aceita-se a hipótese de que a fitnção utilidade, a ser maximizada, é função unicamente das quantidades de produtos e de serviços consumidos, embora saiba-se da existência de grande interdependência entre a utilidade de um consumidor e quantidades consumidas por outros consumidores.

A segunda premjssa, a da racionalidade, implica que os agentes econômicos otimizem uma variável.chave. O processo de maximização (ou minimização) demonstra a racionalidade de homo economicus, já que, uma vez detectada a variável prünordial, ela será otimizada, independentemente de outros objetivos. Pressupõe-se ainda que os agentes econômicos têm conhecimento de todas as variáveis intervenientes no processo de otimjzação, e que não cometem erros na obtenção de seus objetivos, ou seja, são eficientes.

A terceira premissa, a de coeterisparibus, tanibém é uma simplificadora do mundo; sem ela a complexidade da análise se tornaria insuperável. Esta hipótese equivale, em economia, ao experimento científico, quando todas as variáveis, menos uma, são controladas ou mantidas fixas. Alfred Marshall introduziu este método na análise econômica. Implica a noção de que, embora seja sabido que todas as variáveis econômicas dependam de todas as demais, seja possível, na maioria das vezes, isolar algumas como mais importantes que outras. Em geral, as variáveis dependem essenciabnente de algumas outras poucas variáveis, embora, em maior ou menor grau, tudo dependa de tudo o mais.

Assiln, a hipótese do coeteris paribus (ou todas varüpeis permanecendo constantes) possibilita o dimensionamento do número de variáveis consideradas, de fornia a tornar viável a formulação de hipóteses acerca da relação entre elas.

econômica

A demanda por carne bovina, por exemplo, depende do nível de renda do consumidor, de seus hábitos e preferências, do preço da carne de frango, do preço de todos os outros alimentos, e até do preço de automóveis, de cruzeiros marítimos, de vestuário etc. etc. etc. Com a hipótese de coeteris paribus isolamse as mais importantes, como nível de renda e preço de produtos semelhantes, mantendo-se as outras variáveis constantes. Seria impossível a análise de demanda por carne se fosse preciso analisar os milhares de outros mercados, que, em maior ou menor grau, também o influenciam.

Atrelada à hipótese de coeteris gzribus, a análise econômica emprega o conceito do equilíbrio, também emprestado das ciências exatas. Uma situação econômica encontra-se em equilíbrio quando nenhum agente econômico pode alterá-la sem piorar a sua própria situação. Nestas condições, não há incentivo para que os agentes se comportem de forma distinta da que prevalece no mpmento. Analogamente ao conceito físico de equilíbrio, poder.se-ia dizer que em equilll)rio existe um balanço de forças que introduz um elemento de inércia no comportamento dos agentes econOmicos.

Diz-se, por exemplo, que o mercado de carne bovina está em equilíbrio quando existe um preço, ao qual a mercadoria é transacionada, que satisfaz simultaneamente vendedores e compradores. Em outras palavras, ao preço vigente, a quantidade que os ofertantes desejam vender é igual àquela que os com• pradores estão dispostos a adquirir.

A análise econômica é primordialmente uma análise de equilíbrio; ou seja, os modelos são formulados de forma a produzirem situações de equilibrio. No caso do mercado de carne bovina, o modelo produzirá dois preços de equilíbrio distintos se forem introduzidos dois níveis de renda dos consumidores. Assim, coeteris paribus, ou seja, supondo.se todas as demais variáveis constantes, tais como oferta de carne, preços de outros produtos, preferências etc., o preço de equilíbrio da carne pua o nível de renda X seria e para o nível de renda Y seria PY.

A determinação de uma posição de equilil)rio é uma análise estática. O equilíbrio é determinado sem considerar-se a evolução, ao lohgo do tempo, das variáveis determinantes dessa posição de equilíbrio. Quando, no entanto, supõe-se que o nível de renda dos consumidores evolua de X para Y, e que portanto o preço de equilíbrio evolua de para PY , está se empregando uma técnica analítica chamada estática ou seja, compara-se os resultados obtidos por meio de dois modelos estáticos.

A estática comparativa não é, no entanto, uma abordagem dinâmica que determine a evolução das variáveis do modelo ao longo do tempo. peto contrário, o fator tempo é praticamente ignorado. A comparação de duas situações de equilibrio é efetuada sem que se esclareça como o sistema evolui de uma posição de equilíbrio para outra, ou mesmo, qual a duração do processo de ajustamento de um equilibrio para outro.


Alicroeconomia:


Finalmente, cabe ressaltar que a hipótese de coeteris paribus permitiu a Marshall a introdução definitiva na economia da técnica analítica do equilíbrio parcial, que se contrapõe ao equilíbrio geral.

A abordagem do equilíbrio geral reconhece explicitamente a interdependência entre todos os mercados de um 'sistema econômico. Walras, reconhecendo este fato, formulou modelos econômicos matemáticos que refletiam a estrutura de vasos econômicos comunicantes. A abordagem dos economistas clássicos também era essencialmente de equilibrio geral, embora sem o formalismo e a exatidão de modelos matemáticos.

A análise de equilíbrio parcial, geralmente utilizada na análise econômica introdutória e de nível intermediário, utiliza a hipótese de coeteris paribus e isola aquelas variáveis mais relevantes para a análise do problema em questão, É uma hipótese simplificadora, que permite respostas aproximativas às questões levantadas, e que tem a vantagem de permitir a representação geométrica e gráfica dos fenômenos econômicos. Caberá ao economista, na fase de interpretação das conclusões obtidas pelo uso dos modelos (como representado no esquema acima), considerar todas as simplificações de que lançou mão a fim de tornar a análise possível. Se o modelo for corretamente construído, baseado em algumas poucas variáveis relevantes, e montado a partir de estruturas teóricas adequadas, as conclusões deverão ser, pelo menos, qualitativamente corretas.

O PROBLEMA ECONÓMICO


O problema econômico aparece ao usar-se recursos para a satisfação de necessidades, ou desejos do homem. Os recursos a serem utilizados não são somente recursos naturais como terra, água, minerais, vegetais etc., os quais, muitas vezes, o homem não necessitou transformar ou beneficiar, mas incluem, também, recursos físicos e mentais como sua força bruta e inteligência, além de instrumentos, ferranlentas, máquinas e edifícios por ele fabricados.

Chamam-se esses recursos fatores de produção, por serem usados para a produção de coisas que atendem às necessidades dos homens. Estas coisas são chamadas bens. Alérn de bens, os fatores de produção podem criar serviços, que igualmente atendem às necessidades humanas. Não são, todavia, bens físicos, concretos, tangíveis, mas atendem a uma solicitação de necessidade não material como educação, limpeza, um corte de cabelo etc:

O ato de fazer.se bens e serviços chama-se produção, e o ato de usá-los para satisfazer a necessidades chama-se consunao.

Escassez Os desejos e necessidades humanas são insaciáveis e, assim, a procura de bens e serviços pelo homem, para satisfazer a tais desejos; é infinita. Na realidade, a procura efetiva de bens e serviços é limitada pelo poder aquisitivo dos

econóniica


indivíduos; mas a procura potencial é, de fato, infinita. Sempre que possível, o homem tentará obter uma quantidade crescente de bens e serviços para satisfazer a seus desejos.

No entanto, os recursos ou fatores de produção existentes são limitados, criando-se, assim, uma escassez relativa de produção com respeito aos desejos. Torna-se necessário, então, que se criem mecanismos pelos quais seja possível decidir o que será produzido, quais os desejos que serão satisfeitos, que quantidades serão produzidas, como será efetuada a produção, como obter o máximo de um conjunto de recursos escassos, como distribuir a produção, quem terá seus desejos satisfeitos e quem não os terá.

Escolha Em virtude da escassez, cria-se a necessidade da escolha. Ao produzir-se maior quantidade de um determinado bem, deve-se, então, aceitar uma quantidade menor de outro, já que os recursos são limitados.

A escolha econômica é feita de várias formas, dependendo do sistema eco. nômico vigente. Em certas economias primitivas, a escolha é feita pelo chefe do grupo; em economias socialistas, a decisão é centralizada. Nas economias capita. listas, as decisões ou escolhas econômicas são individualizadas e feitas pelos consumidores e pelos produtores através do poder aquisitivo que o dinheiro lhes confere. Existem sistemas mistos, onde, além do poder de escolha conferido pelo dinheiro, as decisões também são tomadas por delegação de poder, como pelos sindicatos, pelo governo etc.

A escolha pode ser exemplificada, usando-se o caso de uma dona-de-casa que se dirige ao mercado para fazer compras, levando consigo uma certa quantia que, assim, limita as compras que poderá efetuar. Suponha-se que seu poder de compra esteja limitado em Cz$ 100,00 e que os produtos à venda sejam laranjas, maçãs e peras. Certamente, várias serão as combinações possíveis para esta dona• de-casa; no entanto, ela escolherá a combinação que, dentro do limite imposto por seu poder aquisitivo, melhor possa satisfazer suas necessidades.

Da mesma forma, uma economia, limitada por sua dotação fatorial, escolherá a combinação possível de produtos que mais satisfação proporcione à coletividade.

O exemplo constante da Tabela 1.1 indica algumas das vdrias combinações possíveis de frutas, cujos custos sejam iguais ao dinheiro em poder da dona-de-casa, ou seja, Cz$ 100,00.

Nota-se que, para a compra de uma dúzia de peras, ela terá de deixar de comprar duas dúzias de maçãs ou quatro dúzias de laranjas, ou uma combinação entre elas, de modo que sejam liberados CzS 20,00, o preço de uma dúzia de peras.

Em termos de uma economia, quando se decide pela produção de um bem qualquer, também sacrifica-se algo que poderia ter sido produzido com os recursos dirigidos à produção do bem escolhido. A isto chama-se custo de oportunidade

Microeconomia:

de um bem. Sempre que houver escassez, há de sacrificar-se algo, para obter-se alguma coisa. Este sacrifício é o custo de oportunidade, também chamado custo econômico ou custo real.

CURVA DE POSSIBLIDADE DE PRODUÇÃO

Suponha-se uma economia que produza somente dois bens, dada uma quantidade fixa de fatores de produção disponíveis.

A Curva de Possibilidade de Produção, também chamada Curva de Transformação, é o conjunto de pontos que indica as combinações possíveis dos dois bens, de tat forma que todos os fatores de produção sejam utilizados, dado um certo nível de desenvolvimento tecnológico.

O Gráfico 1.1 representa a curva de possibilidade de produção para uma economia produtora de somente trigo elou automóveis.

Se todOs os fatores de produção fossem utilizados somente na produção de trigo, poder-se-ia produzir um total de '10.000 toneladas. Se, no entanto, fosse resolvido produzir-se somente automóveis, o resultado seria seis veículos. A curva de possibilidade de produção indica todas as combinações possíveis de trigo e automóveis, como, por exemplo, 5.000 toneladas de trigo e 3 automóveis.

A curva de possibilidade de produção, em si, não indica qual a combinação que será escolhida, mas tão somente todas as possibilidades abertas à economia. Com certeza, no entanto, se a comunidade agir racionalmente, jamais optará por qualquer ponto à esquerda da curva, pois isto implicaria o aproveitamento parcial de seus recursos, gerando-se desemprego de fatores de produção.

A curva indica as combinações possíveis, com a utilização total dos fatores, o que exclui todo e qualquer ponto à sua direita por serem combinações que exigiriam mais fatores de produção do que os disponíveis.

Uma curva de possibilidade de produção reta, como no Gráfico 1.1, indica que os custos de oportunidade são constantes. Qualquer movimentação de fatores da produção de automóveis para a de trigo, ou vice-versa, significaria que os fatores poderiam sempre produzir automóveis e trigo numa proporção fixa de 6: 10.000. Tal fenômeno decorre do fato de que, qualquer que seja o nível da produção de automóveis ou de trigo, os fatores retirados de um setor e transferidos para o outro serão tão eficientes quanto os já utilizados anteriormente. Se, no entanto, os fatores a serem transferidos forem continuamente menos eficientes em sua nova utilização do que os anteriores, o custo de oportunidade será crescente e a curva de possibilidade de produção será côncava, com relação à origem, como aparece no Gráfico 1.2.

O caso descrito no Gráfico 1.2 mostra uma economia que poderia produzir

OB de automóveis ou OA de trigo.

Partindo-se do ponto B, nota-se que para cada decréscimo uniforme de produção de = CD = ÉÊ) o aumento na produção de trigo é decrescente (OG > GH > > fi), o que indica que o custo de oportunidade do trigo é crescente em decorrência do fato de que os fatores não são igualmente eficientes na produção dos dois bens. Verifica-se, então, que a escassez de recursos implica opção entre bens alternativos.

  • que bens e serviços produzir, e em que quantidades;  

  • como maximizar a produção, dada uma certa dotação fatorial;  

  • como distribuir a produção entre os membros da comunidade;  

  • como atingir, a longo prazo, níveis mais elevados de produção e consumo.


As três primeiras questões envolvem respectivamente:


a)    a escolha do ponto da curva de transformação em que o sistema produtivo deve situar-se;

b)   a organização do processo produtivo, de tal forma que, dada uma dotação fatorial fixa e um dado nível tecnológico, obtenha-se a maior produção possível; isto equivale a que o sistema situe-se na fronteira e não à esquerda da curva de transformação;

c)    a remuneração pelos serviços dos fatores de produção disponíveis e, conseqüentemente, a determinação do nível de renda e de consumo de seus proprietários.

Estas três questões são abordadas por economistas mesmo que a quantidade de fatores de produção seja fixa e que não haja progresso tecnológico ao longo do tempo.


Já a quarta questão implica a existência de deslocamentos da curva de transformação causados por aumentos nas quantidades de fatores de produção disponíveis elou por progresso tecnológico; este último possibilita o aumento da produção com urna dada quantidade de fatores.

A curva de transformação mostra as possibilidades de produção, supondo. se uma dotação fatorial fixa, plenocmprego dos fatores,e utilização generalizada das técnicas de produção mais eficientes. Havendo aumento nas quantidades de fatores, como, por exemplo, mais máquinas e equipamentos para a produção de automóveis elou expansão Ide áreas agricultáveis, seria possível a produção de uma maior quantidade de automóveis e de trigo, dada uma tecnologia de produção constante. Alternativamente, progressos tecnológicos como sementes selecionadas ou o aperfeiçoamento de linhas de montagem poderia causar um aumento na produção de ambos os produtos, meslno que as quantidades dos fatores de produção não houvessem se alterado. Em ambos os casos (e obvianwnte no caso de ocorrência tanto de crescimento nas quantidades de fatores como de progresso tecnológico) a curva de possibilidade de produção se desloca, como no exemplo, de AB para CD. No gráfico, verifica-se que os fatores que causaram o deslocamento da curva de transformação foram mais favoráveis ao aumento da produção de trigo.

Vê-se, portanto, que as quatro questões fundamentais da economia, que serão abordadas nos capítulos que se seguem, podem ser ilustradas com o uso da curva de transformação, a qual ilustra o problema econômico primordial, ou seja. a escassez e a escolha.

FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E CURVA DE TRANSFORMAÇÃO

Uma função de produção é definida como uma tabela, ou uma equação matemática, que mostra a quantidade máxima de produto possível de ser obtida por uma determinada quantidade de fatores de produção, dado um certo nível tecnológico.

Assim,


Capítulo 2: O MECANISMO DE TOMADAS DE DECISÕES


Aqui está o texto corrigido:


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Descreveu-se no capítulo anterior o cenário no qual uma comunidade opera em termos econômicos. No sistema capitalista, as ações econômicas são implementadas pelos indivíduos. Cada um, perseguindo seus interesses próprios e tendo como objetivo a maximização de sua própria satisfação, contribui para a maximização da satisfação da comunidade como um todo.


Uma economia, dados uma dotação fatorial e um nível tecnológico que produza somente dois bens, A e B, terá uma curva de transformação. A questão que se propõe seria saber qual combinação de bens produzir.


Vários poderiam ser os sistemas decisórios. Poder-se-ia, por exemplo, produzir uma combinação dos dois bens, de forma que cada indivíduo da comunidade recebesse quantidades iguais às de todos os demais. Haveria, no entanto, certos indivíduos que prefeririam o bem A, a ponto de, prazerosamente, permutarem duas unidades do bem B recebido por uma unidade adicional de A; igualmente, poderiam existir indivíduos que aceitariam duas unidades de B em troca de uma unidade de A. Reunindo-se esses dois grupos, permutariam os bens A e B entre si e, assim, conseguiriam aumentar sua satisfação.


É possível conceber-se um outro sistema decisório, mais centralizado, onde todas as preferências individuais fossem levadas em conta, e as quotas dos bens A e B atribuídas a cada indivíduo já refletissem tal diversidade de preferências.


O que se nota nos dois sistemas descritos anteriormente é que ambos são demasiadamente pessoais e exigem uma quantidade de informações que são inacessíveis. No primeiro exemplo, haveria necessidade de uns indivíduos procurarem outros que aceitassem realizar a troca de mercadorias, de tal forma que satisfizesse a ambos; no segundo, haveria necessidade de uma complexa compilação das preferências individuais.


Esta é uma primeira visão das dificuldades encontradas por possíveis sistemas decisórios.


**O SISTEMA DE PREÇOS**


O sistema capitalista não é centralizado; as decisões são tomadas pelos próprios indivíduos, por intermédio de um sistema impessoal, que lida com o problema da informação por um mecanismo codificado. Trata-se do conceito de mercado, que opera através do Sistema de Preços. Agindo em benefício próprio, os indivíduos, impessoalmente afetando e sendo afetados pelos preços, tomam as decisões que maximizarão a satisfação coletiva.


É importante observar que o sistema de preços impõe certos pré-requisitos que se permeabilizam intensamente numa cultura, através de suas estruturas política, social e moral, como, por exemplo, os direitos de liberdade de escolha e da propriedade privada, sem os quais as decisões individuais perderiam o sentido.


Será demonstrado, num exemplo concreto, como uma comunidade, cuja alocação de recursos já estava determinada por um ponto em sua curva de transformação, age através do mecanismo de preços para poder atingir um grau de satisfação mais elevado.


Uma variação na procura significa que o desejo dos consumidores de adquirirem um bem mudou como consequência de algo que não seja uma variação no preço. Por exemplo, uma alteração na preferência dos consumidores implica, ao mesmo preço que antes, desejar-se adquirir, hoje, uma quantidade maior ou menor do mesmo produto.


Como o mercado reagiria a tal mudança?


Suponha-se que fazendeiros cultivem laranjas, maçãs e peras, e que, em decorrência de uma mudança na preferência dos consumidores, a procura por laranjas tenha aumentado. Logicamente, como o poder aquisitivo dos consumidores continua o mesmo, um aumento na procura de laranjas terá de ser acompanhado por um declínio na procura de maçãs e peras.


O que acontecerá com os preços no mercado? Como a produção continua a ser a mesma que a anterior ao aumento na procura de laranjas, ocorrerá uma falta destas para atender a todos os consumidores e um excesso de maçãs e de peras. Isso fará com que o preço da laranja se eleve, visto que os consumidores insatisfeitos oferecerão preços mais altos por ela, ou fará com que os comerciantes, vendo que não há a quantidade de laranjas suficiente para atender a todos, elevem o seu preço.


No exemplo que se segue, como a comunidade produz três bens, em realidade, teríamos uma superfície e não uma curva de transformação.


O aumento no preço das laranjas fará com que os fazendeiros cultivem mais aquela fruta e menos peras e maçãs, visto que as laranjas proporcionam maiores lucros que anteriormente. Os fatores de produção serão transferidos da produção de maçãs e peras para a produção de laranjas, o que acarretará um aumento na produção das últimas e um declínio na produção das primeiras.


O que acontecerá no mercado, agora que a produção de laranjas aumentou e a de maçãs e peras diminuiu? O preço das laranjas diminuirá, mas supõe-se que ainda será mais alto do que antes da mudança da preferência dos consumidores. Os fazendeiros, consequentemente, transferirão mais recursos para a produção de laranjas até que o preço seja tal que não mais compense essa transferência. É importante notar que, quando do primeiro aumento nos preços das laranjas, os preços das maçãs e das peras caíram, visto que os comerciantes não conseguiram achar compradores para as mesmas. Porém, no processo de transferência dos fatores de produção para o cultivo da laranja, a produção de maçãs e peras diminuiu, fazendo com que seus preços tendam a elevar-se.


No final do processo, as transferências de recursos cessarão, os preços se estabilizarão (possivelmente, as laranjas a um preço mais alto e as maçãs e peras a preços mais baixos que os iniciais) e o processo produtivo, através do mecanismo de preços de mercado, efetuará uma alteração na utilização dos fatores de produção, induzido pela alteração no desejo dos consumidores. Percebe-se, então, que o sistema de preços de mercado funciona automaticamente, sem nenhuma coordenação central, respondendo aos desejos dos agentes econômicos, todos eles agindo livre e individualmente, e cada qual satisfazendo a seus próprios interesses.


O sistema de preços, reagindo a tais variações, emite sinais que serão captados, induzindo, então, modificações correspondentes.


O sistema de preços funciona não só no mercado de bens de consumo, mas também no mercado de serviços, de trabalho, de bens de capital e monetário. É através dele que todos, agindo individualmente, operam na economia e, como resultado de pressões individuais, determinam conjuntamente o que será produzido, como será produzido e como o produto será distribuído.


É interessante notar que a obtenção de tais resultados é possível em virtude da existência de competição em todos os mercados. Por exemplo, é por causa da competição entre consumidores para adquirirem a produção insuficiente de laranjas que os preços sobem; igualmente, é por causa da competição entre os comerciantes que os preços das maçãs e das peras caem. Também é o mecanismo competitivo que faz com que os fazendeiros diminuam a produção das outras frutas, para aumentar a de laranjas. Há aí uma competição pelo lucro que, eventualmente, leva o preço da laranja a diminuir gradativamente.


O que se acaba de descrever é a Lei da Oferta e da Procura e o mecanismo de determinação de preços.


Antes de desagregar-se o mercado em seus componentes, deve-se notar que o sistema de preços age como um mecanismo simbólico, orientador das ações econômicas de uma comunidade.


**A PROCURA**


A procura por um bem indica, dados determinados condicionantes, a quantidade que os indivíduos desejam adquirir por unidade de tempo. Os fatores que influenciam a procura, ou a demanda, por um bem são:


a) Gosto e preferência dos membros da comunidade: vimos, no exemplo acima, como uma mudança na preferência dos consumidores afetou a procura pelos bens em questão e como esta, consequentemente, afetou todo o mercado.


b) População: o simples número de habitantes, desde que dispondo de poder aquisitivo, afetará o montante procurado. Também a distribuição da população por idade determinará o perfil da procura. Uma população jovem, por exemplo, demandará, certamente, uma quantidade maior de produtos de consumo próprios à juventude.


c) Nível de renda: quanto mais alto o poder aquisitivo da comunidade, maior será o montante de bens e serviços demandados.


d) Distribuição de renda entre os membros da comunidade: supondo-se que cada grupo socioeconômico tenha seu padrão próprio de consumo, uma modificação na parcela da renda total recebida por grupo afetará o consumo dos bens e serviços por ele preferidos. Assim, uma redistribuição de renda a favor das classes de alta renda causaria um aumento na procura por bens de luxo, ao passo que, se a redistribuição favorecesse os grupos rurais de baixa renda, dificilmente o aumento na procura favoreceria os bens de luxo.


e) Preços dos outros bens: suponha-se que o preço de um bem qualquer seja constante e que os preços de bens concorrentes caiam. Evidentemente, o consumidor racional reformulará seu padrão de consumo, passando a preferir os bens cujos preços baixaram, já que são bens substitutivos ao produto antes consumido.


f) Preço do bem em questão: evidentemente, quanto mais alto o preço de um bem, menor quantidade será demandada, e vice-versa.


Todos esses fatores estão constantemente se alterando e, consequentemente, formam um processo dinâmico, fazendo com que a procura por um bem seja um fato muito fluido. No entanto, economistas mantêm todos os fatores constantes (coeteris paribus), exceto um, e assim conseguem isolar os efeitos de cada uma das variáveis


A Tabela 2.2 indica a procura pelo bem A para toda a comunidade, que nada mais é do que a soma das tabelas individuais de todos os membros dessa comunidade. Com base na Tabela 2.2, pode-se montar o Gráfico 2.1, que representa as informações nela contidas.

Com o auxflio da curva da procura é possível determinar as quantidades demandadas a vários níveis de preços possíveis. Assim, ao preço de Cz$ 5,00, a quantidade procurada será de 60.000 unidades, ao preço de Cz$ 3,00, a quantidade aumentará para 80.000 e assim por diante.

Variações nos preços e as respectivas variações nas quantidades demandadas são movimentos ao longo da curva da procura. Se, no entanto, a renda da comunidade aumentar, ocorrerá um deslocamento da curva, já que movimentos ao longo da curva ocorrem quando somente os preços do bem em questão variam.

Igualmente, ocorrerá deslocamento da curva, para a direita ou para a esquerda, quando qualquer outro fator de influência na demanda, que não seja seu próprio preço, variar. Tais deslocamentos representam aumento ou quedas na procura, ao passo que movimentos ao longo da curva representam aumentos ou quedas nas quantidades procuradas.


Tabela 2.2 Procura pelo bem A.

O Gráfico 2.2 representa o caso de um aumento na renda da comunidade. Com a renda inicial hipotética de CzS 5.000.000,00 a curva da procura é representada pela reta DD. Quando a renda aumenta para CzS 8.000.000,00, em vista do maior poder aquisitivo de que a comunidade é agora possuidora, espera-se que a curva se desloque para a direita, representando, assim, um aumento na procura (D'D').

Nota-se que, aos mesmos preços, as quantidades procuradas representadas pela reta D D' são maiores que as representadas pela reta DD, ou seja, antes do aumento da renda.


Ao preço de Cz$ 5,00, a quantidade demandada antes do awnento da rend era de 60.000 unidades e, depois do aumento da renda, ao mesmo preço, a procur aumentou e a quantidade demandada passou a ser 80.000 unidades. O Inesmc fenômeno ocorreu no exemplo dado no início do capítulo, quando, em decorrência de uma mudança na preferência dos consumidores, a curva da procura por laranjas deslocou-se para a direita.

A OFERTA


O segundo componente do sistema de Inercado é a oferta, que representa o coniportamento dos produtores. A oferta por um bem indica, dados determinados condicionantes, a quantidade do bem que os indivíduos desejam produzir e oferecer no mercado.


Envesas


Os principais fatores que influenciam a oferta de um bem são:

a)            Os objetivos das pessoas fisicas elou jun'dicas: embora a Teoria EconOmica pressuponha a racionalidade dos indivíduos e, portanto, que eles desejam maximizar seus lucros, existem restrições de ordem moral e legal em alguns casos que impedem que a maximização do lucro seja o objetivo predominante dos produtores. Assim, o preço de mercado deixa de ser o determinante exclusivo, coeteris paribus, da oferta, mas a ele juntam-se  objetivos de bem-estar coletivo, desejo de servir à comunidade, e outros mais.

b)            O nivel de avanço tecnológico: quanto maior o avanço tecnológico, maior será o aproveitamento dos recursos produtivos disponíveis e, portanto, maior será a oferta por bens e serviços. Este fenômeno está intimamente ligado ao efeito que o custo de produção detém na formação da oferta. c) Preço dos outros bens: os produtores, na competição pelo lucro, investi. Ião seus recursos na produção de bens que lhes proporcionem os melhores retornos. Assim, o nível do preço dos outros bens, principalmente aqueles que poderiam ser produzidos com aproximadamente os mesmos recursos, poderá atrair para este setor fatores de produção empregados em outras atividades. Foi o que ocorreu, no exemplo do início do capítulo, com os produtores de maçãs e peras quando transferiram recursos para a produção de laranjas, que, em virtude do aumento de seus preços, poderia proporcionar maiores rendimentos.

d) Preço do bem em questão: quanto mais alto for o preço do bem produzido, maior será o incentivo aos empresários para aumentar a produção.

Assim como em relação à procura, mantêm-se todos estes fatores constantes, exceto um, e isolam-se os efeitos de cada uma das variáveis que afetam a oferta.

A Curva da Oferta A curva da oferta mostca a quantidade de um bem ou serviço que será oferecido no mercado, a cada nível de preço, durante um período deter. minado. Deve-se ressaltar que é somente o preço do bem em questão que varia, mantendo-se constantes todos os outros fatores que possam afetar a oferta.

A curva da oferta de um bem é a soma das curvas de oferta de todos os empresários (produtores).


A Tabela 2.3 relaciona as quantidades ofertadas pelos produtores M e N a cada nível de, preço. A soma das quantidades ofertadas por todos os produtores compõe a curva da oferta de um bem ou serviço.


Tabela 2.3 Oferta do bem A pelos produtores M e N.

Os produtores, baseados nos preços e em suas estruturas de custo, oferecem várias quantidades no mercado, e a soma das ofertas de todos acha-se relacionada na Tabela 2.4. Com base nela, as quantidades ofertadas podem ser descritas graficamente, como no Gráfico 2.3.

                                                Tabela 2.4     Oferta do bem A.

Gráfico 2.3 — A curva da oferta do bem A

Ao preço de Cz$ 5,00, a quantidade ofertada será de 60.000 unidades; ao preço de CzS 3,00, a quantidade reduz-se para 20.000 unidades, já que alguns produ-

tores, cuja estrutura de custos de produção é mais elevada, serão obrigados a abando• nar a produção de A, por não obterem os lucros necessários para mantê-los no negócio.

O mecanismo acima descrito representa um movimento ao longo da curva da oferta, num raciocínio análogo ao da curva da procura, e causa aumentos, ou quedas, nas quantidades ofertadas. Se, no entanto, algum outro fator, que não o preço de A, variar, ocorrerão deslocamentos da curva, que representam aumentos ou quedas na oferta.

O Gráfico 2.4 ilustra o caso de uma inovação tecnológica introduzida na produção de A. Como conseqüência, houve uma queda nos custos de produção.

Com a redução nos custos, os produtores, aos mesmos preços que antes, ofe. recem quantidades maiores no mercado. Enquanto a curva 00 indica que somente a um preço superior a Cz$ 2,00 os produtores ofereceriam o produto A no mercado, a curva 00 mostra que, a qualquer preço superior a Cz$ 0,50, haverá produção ofertada.

O PREÇO DE : EXISTÊNCIA E ESTABILIDADE

No Gráfico 2.5, curvas de oferta (00) e procura (DD) pelo bem A estão superpostas. Verifica-se que só há um preço que iguala a quantidade ofertada à procurada.

Ao preço de Cz$ 3,00, por exemplo, a quantidade ofertada será de 20.000 unidades, ao passo que a quantidade demandada será de 80.000 unidades. Como a procura é maior do que a oferta, o preço de mercado tenderá a subir, conforme demonstrado no exemplo inicial do capítulo, e ele poderá oscilar até que atinja o nível de CzS 5,00, quando as quantidades ofertadas e procuradas serão de 60.000 unidades.

Ao preço de Cz$ 5,00, tanto os produtores como os consumidores poderão realizar suas intenções, e, assim„estabelecer-se-á o equihbrio. Tanto os consumidores como os produtores poderão realizar seus planos de compra e venda, respectiva. mente, e não terão qualquer incentivo para alterar sua • conduta no próximo período.


Gráfico 2.4 — As curvas da oferta, antes e depois da inovação tecnológica

                                                                               E             2

"bem comportada" e por uma curva de oferta com inclinação negativas, como no Gráfico 2.10, é instável pelo critério walrasiano e estável pelo critério marshal-liano. Várias outras possibilidades são possíveis dependendo das inclinações das 6 curvas de oferta e procura, havendo inclusive situações de múltiplos equilíbrio onde alguns pontos são de equilíbrio estável e outros não.


Capítulo 3: AS REAÇÕES DO MERCADO


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