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  • Marcos Cintra

Um novo modelo de pacto social para o Brasil

O 2º Ciclo de Diálogos Públicos se encerrou com chave de ouro, e fez um levantamento contundente sobre as circunstâncias que exigem do Brasil um novo pacto que viabilize o bem-estar de nossa sociedade, especialmente no que tange a previdência, saúde e assistência social.


Segundo o professor de economia Fernando Rezende, o mundo já vem passando por mudanças profundas nas relações de trabalho, que já datam de um século atrás. Para Rezende, o modelo de trabalho cada vez mais autônomo e menos dependente de fronteiras, representa a inviabilização do atual modelo de financiamento do bem-estar social. “A começar pela Previdência Social, com menos salários formais, o Estado perde capacidade de financiamento. Precisamos mudar as bases tributárias, torna-las mais aderentes à nova economia, que circula na nuvem e não tem fronteiras, e onde o valor agregado não se dá ao longo da cadeia, mas em seu início, no design e desenvolvimento”, e conclui que o novo modelo “deve ser baseado na movimentação financeira, que é onde realmente se sabe onde está o valor.”


Já o professor Marcos Cintra, acrescenta que o Brasil, assim como todo o mundo, tem encarado o contexto de digitalização da economia para tentar simplesmente administrar um sistema que vem perdendo a capacidade de promover o bem-estar das pessoas. “O mundo resiste e é lento ao desenhar um novo sistema, e estamos administrando olhando pelo retrovisor, para reformar um pacto social obsoleto, baseado na economia majoritariamente industrial”. Para Cintra, o Brasil precisa derrubar alguns mitos: “O Imposto sobre Movimentações Financeiras (IMF) funcionou durante 12 anos, com alíquota mínima, sem nenhum contencioso jurídico, sem qualquer tipo de complicação operacional. Precisamos de um modelo semelhante, que substitua o atual sistema tributário.”


Participou também do evento o professor de direito previdenciário, Alexandre Sansone Pacheco, que ressaltou que o atual sistema de financiamento da previdência já está em colapso. “O financiamento da previdência baseado no salário, além de insuficiente, é muito instável e não confiável”, diz Pacheco, que ainda faz um alerta: “Estamos criando mais injustiça social a cada nova geração, estamos corroendo a viabilidade de nossos filhos e netos se aposentarem. Este ciclo precisa ser interrompido”.


Quem perdeu este incrível diálogo, pode assistir na íntegra as lives gravadas no canal do Instituto Indigo no YouTube clicando nas vitrines abaixo:








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