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Marcos Cintra

Danem-se metas e tetos

 Fico impressionado com o desperdício de energia nas eternas discussões sobre o arcabouço fiscal e se as metas de inflação devem ou não ser alteradas.


No Brasil, tudo isto nada significa pois não temos planejamento e nem cultivamos o respeito aos marcos institucionais.


Metas são mudadas e desrespeitadas a bel prazer das necessidades momentâneas, evidentemente acobertadas por decisões legislativas minuciosamente elaboradas para preservar a aparência de adesão à institucionalidade.


O arcabouço fiscal, então, nem se fala. Do teto de gastos ao atual teto móvel, ele apenas responde aos convincentes estímulos das emendas parlamentares. 


E Viva a Dilma: “nós não vamos colocar uma meta. Nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta”.


Ou Paulo Guedes, que foi atingido por um “meteoro de gastos”.


Sempre há razões para fazer o que o executivo deseja fazer, e danem-se metas ou tetos.


Sempre se dá um jeitinho.

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