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  • Marcos Cintra

A Federação de mentirinha

Em excelente trabalho jornalístico Indiana Tomazelli e Adriana Fernandes revelaram na Folha o infindável problema das dívidas dos Estados com a União que chega quase a um trilhão de reais. 


Sem entrar no mérito das questões, que são graves, o que chama atenção é a fragilidade de nossa federação.


União, estados e municípios agem da mesma forma que se estivessem em um govrno unitário. A centralização se avoluma, principalmente com a reforma tributária em execução tornando os entes subnacionais cada dia mais dependentes de decisões tomadas em escala federativa superior.


A dívida com a União é a síntese dessa anomalia federativa.


Entes federados ora se julgam independentes e ora se fazem de dependentes, ao alvitre de seus interesses imediatos. E a União, intimidada, assume encargos que não são seus.


Ou alteramos a governança brasileira para unitária, ou assumamos o compromisso de autonomia e independência de forma que cada ente federado assuma seus erros e acertos sem apelar para o pronto socorro da União.


O Brasil se desintegra do ponto de vista institucional, e se submete ao ridículo internacional como mais uma republiqueta de banana, malgrado sua economia que resiste valorosamente aos desaforos de nossa administração.

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